A efetividade das ações de proteção e defesa civil, seja antes, durante ou após a ocorrência de desastres, depende de uma boa governança entre todos os agentes envolvidos. É preciso que municípios, estados e a União trabalhem em conjunto para a mitigação de riscos e para que o atendimento à população, o restabelecimento de serviços essenciais e a reconstrução de infraestruturas destruídas e danificadas ocorra com o máximo de brevidade. Essa opinião foi defendida nesta quarta-feira (8) pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, durante o 2º Encontro do Conselho Nacional de Gestores de Proteção e Defesa Civil (Congepdec), realizado em Brasília.
“Esta é uma agenda que, desde a minha experiência como governador do Amapá, sempre dediquei um bom tempo, porque entendo que ela tem enorme importância e, se nós não tivermos uma boa governança dela, corremos o risco de comprometer a definição de outras agendas”, destacou Waldez Góes.
Durante o encontro, houve apresentação do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDC) a coordenadores estaduais da defesa civil de 21 estados, além do debate sobre comunicação de emergência e a perspectiva para concessões de serviços climatológicos no âmbito do Programa Cidades Inteligentes. A expectativa do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) é de que o PNPDC, que está sendo elaborado em parceria com a PUC Rio, seja finalizado no início do próximo ano.
“As políticas públicas têm que chegar aos municípios e têm que ser capazes de construir cidades mais resilientes para que a gente possa dar conta dessas mudanças climáticas que estão aí nos assolando”, observou o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil do MIDR, Wolnei Wolff. “E o Plano Nacional será muito importante nesse trabalho, porque vai estabelecer diretrizes, estratégias e metas para a gestão de riscos e desastres a serem implementadas em todo o território brasileiro”, completou.
Waldez Góes destacou, ainda, a importância de uma cooperação eficaz entre os diversos níveis de governo e atores da sociedade civil. O ministro enfatizou a importância de uma cultura de contingência e de prevenção e instou os estados e municípios a se prepararem adequadamente. “Nós não temos cultura de contingência para a resposta em defesa civil. Aquela cultura de dizer ‘eu estou preparado, pode não acontecer, mas eu estou preparado´, infelizmente nós não temos”, afirmou.
O presidente do Congepdec, coronel Henguel Ricardo Pereira, ressaltou o trabalho que vem sendo realizado pelo Governo Federal na área de proteção e defesa civil. “Ficamos confortáveis de saber que, realmente, nós temos um ministro que conhece as dificuldades enfrentadas pelos estados municípios, que conhece as necessidades e que está aí para nos apoiar”, destacou.
O coordenador-geral de Cooperação Humanitária da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ministro José Solla, destacou o compromisso do MIDR no apoio a outros países que enfrentaram desastres, como foi o caso do Canadá, que enfrentou graves incêndios florestais, e da Turquia, onde houve um terremoto. “É preciso prestar esse apoio, sobretudo aos países vizinhos, então, nós temos uma preocupação muito grande em relação ao que existe na região de fronteira”, informou.
Piauí participa
Durante visita técnica ao CENAD – Centro Nacional de Gerenciamento de Desastres em Brasília onde a Defesa Civil do Piauí dialogou com especialistas em monitoramento de extremos climáticos e alertas de condição de severidade. A visita buscou estreitar os laços entre a SEDEC e o CENAD com vistas a aprimorar o monitoramento e as ferramentas de alerta precoce no estado do Piauí. Na oportunidade o Estado do Piauí foi representando pelo diretor de Prevenção e Mitigação da Sedec, Werton Costa.