No terceiro dia de greve, após a realização da primeira rodada de negociações entre representantes da classe de motoristas e o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Teresina (SETUT), ficou proposto reduzir o pedido de reajuste salarial de 8,5%, para 5%. Os motoristas continuam reivindicando o aumento da frota que atende Teresina e melhores condições de trabalho. O presidente do Sindicato, Fernando Feijão, informou que a reunião com o presidente do SETUT abriu um canal de diálogo que estava fechado até o momento. A resposta para as reivindicações devem sair na tarde de terça-feira (05).
“Nós reduzimos a demanda do reajuste pra 5% e mantivemos as demais demandas. A abertura das negociações é algo positivo e que pode beneficiar a todos os envolvidos. O presidente do SETUT levou nossa proposta para os demais membros do conselho e informou que até esta tarde deve haver uma resposta”, informou Fernando Feijão.
O SETUT e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (SINTETRO) iniciaram a primeira rodada de negociações após uma semana sem estabelecerem um diálogo sobre as demandas. Segundo o SINTETRO, neste segundo dia de paralisação 141 ônibus circulam normalmente atendendo a população e respeitando os 30% que devem continuar atuando durante greves. A quantidade equivale a 34% da frota total da capital
“A orientação foi para que os trabalhadores fossem para as suas casas e quando o dinheiro for depositado, vamos rodar os 30% no novamente. Agora, não há nenhum ônibus rodando”, disse Fernando Feijão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviários de Teresina (Sintetro).
Desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (6), representantes do Sintetro visitam as garagens repassando informações sobre a proposta dos empresários que propuseram cerca de 4% de reajuste e dupla jornada de trabalho. A categoria reagiu e aguarda uma contra proposta.
“Nós ainda estamos negociando. Essa proposta de trabalhar em dois turnos é uma regressão de 30 anos, uma escravidão moderna. Obviamente, isso foi reprovado pela categoria. Além disso, continuam com a proposta informal de 4% e os trabalhadores foram unânimes em não aceitar”, explica Feijão.
Cerca de 1.700 trabalhadores compõem a categoria. Segundo Feijão, não há nenhuma reunião prevista.