O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na sessão de ontem por 228 a 210 e 4 abstenções a transferência do COAF do Ministério da Justiça comandada por Sérgio Moro para o Ministério da Economia.
Dos 10(dez) deputados e deputadas federais do Piauí apena Júlio César vou pela permanência do órgão com o Juiz Sérgio Moro. Os demais Rejane Dias(PT), Flávio Nogueira(PDT), Marcos Aurélio Sampaio(MDB), Marina Santos (SDD), Merlong Solano(PT), Margarete Coelho(PP), Àtila Lira(PSB) e Iracema Portela(PP) votaram para tirar o COAF de Sérgio Moro. O deputado Assis Carvalho(PT) estava ausente na sessão.
Na primeira votação, feita de forma simbólica, Maia anunciou a rejeição do requerimento que pedia para o Coaf ser mantido sob a guarda do ministro Sergio Moro. O PSL pediu então para que a votação fosse feita nominalmente, o que permite uma contagem exata dos votos.
Assim, o órgão voltará a integrar a estrutura da Economia, como era até o ano passado com o então ministério da Fazenda. A mudança já havia sido incluída no relatório da MP na comissão especial que a analisou.
Votaram pela mudança do Coaf para a Economia: PP, MDB, PTB, PT, PL (antigo PR), PSB, PRB, PDT, DEM, SDD, PSOL, PCdoB e PSC. As lideranças da maioria, da minoria e da oposição também encaminharam a votação neste sentido.
Já o PSL, Podemos, Pros, Cidadania, Novo e PV pediram a aprovação do requerimento, para que o Coaf permanecesse no ministério da Justiça e Segurança Pública. O PSD e o PSDB liberaram suas bancadas. O líder do governo na Casa, major Vitor Hugo (PSL-GO), fez uma defesa enfática no plenário da Casa pela manutenção do órgão. Ele afirmou que o Estado precisa ser mais eficiente e coerente com as pautas que elegeram Bolsonaro.
O governo defendia a permanência do Coaf na Justiça, mas deputados favoráveis à mudança argumentaram que o órgão é uma unidade de inteligência financeira que investiga crimes no sistema financeiro e, dentre outros, a lavagem de dinheiro. Já os parlamentares que queriam que ele ficasse com Sergio Moro, defenderam que ele é um órgão importante para o combate à corrupção.
Principais defensores da permanência do Coaf na Justiça, deputados do PSL gravaram vídeos para as suas redes sociais durante a discussão do destaque. No momento em que o deputado Filipe Barros (PSL-PR) fazia um discurso a favor da manutenção, diversos correligionários se postaram atrás dele com celulares em punho. A atitude recebeu uma reprimenda do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que pediu que a tribuna seja ocupada apenas por quem estiver discursando.
Apesar da derrota do Coaf, o governo conseguiu evitar a recriação de ministérios. Em votações destacadas, ou seja, feitas individualmente, os parlamentares rejeitaram a recriação dos Ministérios da Cultura e do Trabalho e mantiveram a fusão dos ministérios da Integração Nacional e das Cidades no Ministério do Desenvolvimento Regional, como havia sido aprovado na comissão que analisou MP.