O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), se manifestou publicamente sobre a operação da Polícia Federal que investiga possíveis fraudes em contratos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). A ação, deflagrada em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), identificou indícios de corrupção envolvendo cerca de R$ 66 milhões, além da apreensão de dinheiro em espécie, veículos de luxo e relógios caros.
Fonteles declarou que todas as secretarias estão orientadas a colaborar com os órgãos de controle e destacou que auditorias internas já fazem parte da rotina do Executivo estadual. “Quem tiver problemas vai ter que cumprir as penalidades da lei”, afirmou. O governador também pontuou que a gestão ainda não teve acesso oficial aos detalhes da investigação.
A Operação OMNI, focada em contratos hospitalares, e a Operação Difusão, que mira serviços de diálise, foram responsáveis pelo cumprimento de 29 mandados em vários estados, incluindo prisões, afastamento de servidores e bloqueio de contas. A principal organização sob investigação atua na gestão do Hospital Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba.
Fonteles reforçou a importância de respeitar o devido processo legal. “Temos que aguardar o desenrolar dos fatos para saber realmente quem tem culpa no cartório”, completou. A Sesapi, a FMS e o HEDA informaram que ainda não foram notificadas oficialmente, mas se colocaram à disposição das autoridades. O atendimento nas unidades de saúde segue em funcionamento normal.
Fonte 180Graus