A Copinha de 2022 já tem seu confronto final definido: Palmeiras, lutando por título inédito e Santos, que já possui três títulos na competição. Diferentemente de anos anteriores e quebrando a tradição de ser o Estádio do Pacaembu a sede da partida final, o confronto deverá ser na Arena palmeirense Allianz Park, no dia do aniversário da Cidade de São Paulo – 25 de janeiro, obedecendo ao regulamento de dar o mando de campo para a melhor campanha na competição.
Tudo se desenhava para que a final fosse essa. O Santos já trazia leve favoritismo no jogo contra o América, pelas semifinais, apesar de que a apresentação do América, nas quartas de final, frente ao Botafogo não pode ser desprezada. O time mineiro, utilizou lançamentos longos para agredir o adversário carioca e venceu no detalhe, aproveitando um erro que lhe permitiu fazer o gol da vitória.
Mas, contra o Santos, o América titubeou e o Peixe dominou toda a partida, confirmando sua presença na final da Copinha. O América-MG nas fases decisivas da competição fugiu das características que apresentou na primeira fase, de ter esquema baseado na posse de bola e na troca de passes. Talvez mudou de estratégia devido à pressão dos jogos eliminatórios, mas isso lhe custou a não permanência na competição.
Na outra ponta, o time do Palmeiras vem mostrando que está disposto a conquistar o título. Contra o Oeste, pelas quartas de final conseguiu vantagem segura no início da partida e só administrou o resultado. O placar de 5 a 2 foi apenas consequência do que o Palmeiras mostrou nesse jogo, pois em nenhum momento deixou de ser superior ao Oeste e mereceu a vaga para a semifinal, que disputou contra o São Paulo.
Já, o Tricolor Paulista, por sua vez, se organizou no segundo tempo contra o Cruzeiro, pelas quartas de final e mostrou seu poderio coletivo. O time do Cruzeiro, que até esse confronto só tinha tomado um gol, se desgastou demais para manter o domínio do primeiro tempo sobre o São Paulo e não conseguiu manter a organização tática, sendo derrotado.
O Palmeiras está acostumado a fazer blitz utilizando a marcação alta, para tentar resolver o jogo nos primeiros minutos. Contra o São Paulo, apesar da vitória por 1 a 0, não manteve o alto rendimento da primeira etapa e permitiu que o Tricolor se organizasse, a tal ponto de pressioná-lo.
Para a final, vejo ligeira vantagem do Palmeiras contra o Santos. O grupo palmeirense se mostra mais preparado fisicamente e possui no grupo atual vários jogadores que já foram escalados no time profissional, como os destaques Giovani, Vanderlan, Garcia e Jhonatan, entre outros. Mas, se não funcionar essa estratégia de abrir o placar no início da partida, o apoio da torcida poderá ser revertido em pressão e causar nova queda de rendimento que será danosa nesse momento decisivo.
O Santos deverá jogar de forma mais leve, sem a pressão da torcida. Terá o desfalque de seu artilheiro Lucas Barbosa, que cumpre suspensão, mas se mantiver sua estratégia de jogo habitual, que vem consolidando equipe forte e equilibrada, não será surpresa se vencer.
Fonte:GE