Motoristas e cobradores do transporte coletivo da capital realizam uma paralisação nesta quinta-feira (21) para cobrar a assinatura da convenção coletiva de trabalho da categoria. Os trabalhadores cruzaram os braços às 8h da manhã, nas principais ruas e avenidas do centro da capital.
Os trabalhadores seguem com os ônibus estacionados na Praça da Bandeira, centro de Teresina. Até as 10h, a categoria deve seguir com a paralisação, também em outros pontos espalhados pela capital.
O vice-presidente do Sintetro, Welso Leite ressalta que os empresários já receberam os repasses financeiros da Prefeitura de Teresina, mas até o momento não pagaram devidamente os trabalhadores.
“A parte deles eles ja fizeram, receberam da maneira que queriam receber só que com relação ao repasse para a categoria, até agora estão dando de migalha, ou seja, eles estão dando uma coisa que já era certa, que era o ticket alimentação e o plano de saúde e não teve conversação, não falam sobre nossa convenção, quer dizer, nossos direitos para eles não existem. O acordo fechado foi só entre empresários, Setut e o poder público, com os trabalhadores não fecharam nada, não tem nada garantido. Tudo que nós queremos é a garantia, garantia essa que é a assinatura da nossa convenção”, destaca o vice-presidente.
Welso Leite afirma ainda que a Procuradoria Geral do Município (PGM) solicita apenas prazos para a categoria, sem uma resolução efetiva do debate. Além disso, o vice-presidente acrescenta que se não houver a assinatura da convenção de trabalho, a categoria deve promover uma greve.
“A PGM só pede prazo, prazo e mais prazo e quem tem fome tem pressa. A gente está na esperança que eles [empresários] nos chamem ainda para que seja assinada a nova convenção. Enquanto eles não fizerem isso, a gente vai ter paralisações, a gente está sujeito a anunciar uma greve porque a categoria está toda do nosso lado, ou seja, a categoria quer os direitos dela”, reforça Welso Leite.
A paralisação, inicialmente, estava marcada para a última segunda-feira, mas foi adiada após a Procuradoria Geral do Município estabelecer um prazo para que as empresas se manifestassem sobre as demandas apresentadas pelos trabalhadores. Sem respostas até o momento, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintetro) decidiu fazer a nova paralisação.
“A convenção coletiva é imprescindível, porque regulamenta essa relação entre patrão e empregado. Hoje, o trabalhador do transporte não sabe qual é a jornada, qual o salário que ele vai ter no final do mês”, destacou o secretario de comunicação do Sintetro, Miguel Arcanjo.
SETUT informa que as empresas cumpriram o prazo de 72h e efetivaram o pagamento da folha dos trabalhadores
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que referente às questões trabalhistas com os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina, as empresas já cumpriram o o pagamento da folha da categoria dentro do prazo de 72 horas. A frota da ordem de serviço acordada com o ente municipal tem sido cumprida e foi toda colocada à disposição dos passageiros do transporte coletivo de Teresina.
A entidade reforça que não compactua e nem tem participação na paralisação dos trabalhadores. Para o Setut o Sindicato dos trabalhadores tem utilizado a não assinatura da Convenção Coletiva como pretexto e motivação para a promoção de paralisações. Importante ressaltar que a data base de assinatura de uma eventual convenção coletiva está prevista somente para janeiro de 2022. A questão trabalhista dos anos anteriores foi judicializada e os empresários estão protegidos por decisão do TST.
O Setut tem cumprido o seu papel com a sociedade e reforçado a prestação de serviços com qualidade, eficiência e agilidade no atendimento aos passageiros da cidade.
Fonte:cidadeverde.com