Uma mãe teria sido humilhada pelo motorista que teria cobrado o uso da máscara de uma criança autista. A lei desobriga pessoas com autismo a usarem a proteção facial
Uma denúncia divulgada pela equipe do Autismo Legal Teresina, através do Instagram, mostra o descaso com crianças com autismo, que precisam ir e voltar da sede da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais de Teresina (APAE). A linha denunciada é a Lourival Parente Via IAPC, pois, de acordo com a publicação, o motorista estaria desviando de um ponto de ônibus para não passar na frente da instituição e transportar os assistidos.
Os supostos desvios da parada de ônibus começaram a ocorrer após um desconforto entre uma mãe e um motorista, porque o filho, autista, não aceitava o uso da máscara. Pela lei, eles não são obrigados a usar a proteção facial.
O caso foi parar nas redes sociais. “Como é possível um desrespeito tão grande? Tanto descaso? Aí são mães, crianças e adultos com deficiência que precisam do transporte público chegarem à Apae Teresina. A situação já está ficando muito humilhante para as pessoas que dependem da linha LOURIVAL PARENTE VIA IAPC. Sem controle nenhum , motoristas estão desviando a línha para não ter que passar em frente a Apae Teresina e isso tem feito as mães ficarem sem o transporte e ainda teve o caso de um motorista que parou o ônibus no meio do caminho, porque um autista estava sem máscara, fazendo todo tipo de ameaça e mandando descer do ônibus a mãe e o autista”, diz a denúncia do Autismo Legal Teresina.
Existe legislação que desobriga pessoas com autismo de usar a máscara. “Como se nāo bastasse, descumprindo a lei que torna dispensada o uso de máscara no caso de pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara de proteção facial, conforme declaração médica, que poderá ser obtida por meio digital, bem como no caso de crianças com menos de três anos de idade”, lembra a publicação.
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que não procede essa informação, até mesmo pelo formato de circulação das vias nas imediações da APAE, mas irá averiguar o comportamento da operação no percurso. A entidade reitera ainda que a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) tem o papel de fiscalizar se o itinerário está sendo cumprido corretamente.
Em nota, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans) afirma que “está à disposição para atender todas as reclamações através da ouvidoria no número 0800 086 3122. Os usuários podem fazer suas denúncias através da Ouvidoria.Temos um serviço de ouvidoria que recebe as reclamações e que sempre está procurando responder às demandas. Iremos repassar a denúncia a gerência de Fiscalização da Strans para que seja apurado o descumprimento da rota da linha”.
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Fonte:cidadeverde.com
