Neste mês de maio, é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma (26/05), que visa a conscientização e a prevenção sobre a doença, que é uma das principais causadoras de cegueira irreversível no mundo. O médico Bruno Espocartte, especialista em glaucoma do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Rio de Janeiro, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), explica que o glaucoma é uma doença de uma estrutura chamada nervo ótico e que não tem cura.
O nervo ótico é que leva a informação que o olho capta do ambiente para o cérebro, onde essa imagem é processada, sendo que, de acordo com o médico, na maioria dos pacientes com glaucoma, a causa está relacionada ao aumento da pressão intraocular. Essa pressão vai surgir pelo desbalanço entre a produção e a drenagem do líquido que preenche o globo ocular.
“Hoje, a gente ainda não tem nenhuma possibilidade de conseguir curar o glaucoma, em especial porque é uma doença do nervo ótico e não existe nenhuma tecnologia que consiga reverter o dano a essas células neurais. Mas existe uma série de perspectivas, vários dispositivos, várias cirurgias sendo aprimoradas para a gente tentar controlar melhor a doença”, informa o especialista.
Ele ressalta que, apesar de não ter cura, o glaucoma é uma doença que tem tratamento. Quanto mais cedo for diagnosticada, menos danos ao nervo ótico esse paciente vai apresentar e, consequentemente, menor impacto na qualidade de vida ele vai ter.
“Existem diferentes tipos de tratamento do glaucoma. A gente pode tratar com laser, ou com uma série de colírios. E esses colírios podem ser combinados, numa combinação de mais de um tipo de mecanismo de drogas. E a gente pode também tratar o glaucoma com cirurgias”, informa o médico.
No HUCFF há o setor de glaucoma dentro do Serviço de Oftalmologia da instituição. Ele é aberto aos usuários do SUS que já são pacientes do hospital ou que são encaminhados via fila do Sistema de Regulação (Sisreg).
Rede Ebserh
O CH-UFRJ é administrado pela Ebserh desde junho de 2024, e abrange o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), a Maternidade Escola (ME) e o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG). Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.