Até o dia 31 de maio segue em Teresina a Campanha de Vacinação contra a Gripe. Até esta terça-feira (14) já foram vacinadas 122.699 pessoas, o que corresponde a 54,11% da meta de 223.000 pessoas dentro do público alvo da campanha. Dentro deste público, foram imunizadas 35.895 crianças.
A diretora de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Amariles Borba, chama atenção para o público de meninos e meninas entre os seis meses e menores de seis anos (cinco anos, 11 meses e 29 dias). “O grupo dos idosos já foi mais de 70% imunizado, enquanto as crianças estão pouco acima da metade, com 53,16%”, informa a diretora, que faz um apelo para que os pais não deixem de levar seus filhos a uma das 104 salas de vacina disponíveis na capital.
Este grupo requer atenção pois nesta idade as gripes e resfriados são mais frequentes. Isso porque seu sistema imunológico está em formação e as crianças ainda não possuem tantas ferramentas para defender-se contra vírus. Pelo mesmo motivo, elas tendem a ter mais complicações causadas pela gripe – a pneumonia, por exemplo, é uma das doenças mais comuns em bebês. “Vamos vacinar, porque as crianças quando recebem a infecção pelo vírus H1N1, H3N2 ou influenza B, podem adoecer seriamente, o que leva a internação, podendo levar até a morte”, alerta Amariles.
A saúde é uma preocupação de Laurita Marques, mãe da pequena Heloísa, de cinco anos. Ela conta que, graças à vacina, sua filha não teve doenças respiratórias severas recentemente e procura levá-la todos os anos para a vacinação. Adriana Moreira também não deixa de vacinar Ana Laura, sua filha de dois anos. “Percebi que desde que minha filha começou a tomar a vacinar ela não gripou mais. Então vejo como uma prevenção importante, porque tenho a prova de que ela está imune”, disse.
Além das crianças e idosos, outros grupos prioritários são as gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, população indígena, pessoas privadas de liberdade, professores e pessoas com doenças crônicas, além dos funcionários do sistema prisional, presos e policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas. “É importante que pessoas desses grupos tomem a vacina todos os anos, pois o vírus está sempre em mutação. Ela é segura, feita com fragmentos do vírus morto e a possibilidade de efeitos adversos é mínima”, garante a diretora.
A Influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos ou nariz.
Além da vacina, a prevenção deve ser feita com cuidados básicos de higiene. “Devemos sempre lavar as mãos da ponta dos dedos até o cotovelo com água e sabão, lavar os filtros de ar-condicionado mais de uma vez por semana e arejar os ambientes, pois a circulação de ar diminui as chances de contaminação”, aconselha Amariles Borba. “O tratamento deve ser repouso, boa alimentação e hidratação intensa”, completa a diretora.