Apesar do lucro de mais de 19 bilhões em 2021, os bancários e bancárias do Bradesco seguem uma rotina de assédio, metas abusivas, fechamento de agências, demissões e insegurança. Contra toda essa situação, o Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF/PI) realiza manifestação na próxima terça-feira (30/11), a partir das 08h, em frente ao banco Bradesco da Rua Álvaro, Centro de Teresina.
Segundo a Direção do Sindicato dos Bancários do Piauí, aqui no estado a situação não diferente do que tem ocorrido em todo o país. A direção Regional do Bradesco no Piauí tem excedido a cobrança por metas de forma voraz, sistêmica e cotidiana. Um contexto de difícil relação, que tem causado adoecimentos na categoria, que se vê sufocada. Além de demissões em plena pandemia e um volume de trabalho excessivo.
Se o Bradesco acumula recordes de lucros, é reflexo do trabalho dos seus funcionários. Mas em troca, eles recebem assédio, desrespeito e falta de segurança. Na propaganda o banco diz “abra-se para o futuro”, mas a realidade é de retrocessos e falta de respeito com os funcionários no presente. O sindicato questiona se metas abusivas para alcançar tamanho lucro à custa do adoecimento físico e mental de seus funcionários é justo?
O fechamento de agências concentra ainda mais o atendimento, aumenta o volume de trabalho e cobranças, além de piorar o atendimento à população. Somente nos últimos 12 meses, o Bradesco fechou 1.088 agências em todo o país. No Piauí houve o encolhimento de agência que foram transformadas em Postos de Atendimento (PA). As pessoas que têm contas na instituição esperam em filas cada vez maiores e demoradas. Piorando a situação, principalmente em regiões mais carentes.
O SEEBF/PI denuncia também a situação de demissões, outro fantasma que assombra a categoria no Bradesco em meio à pandemia. Somente no primeiro trimestre de 2021, o Bradesco obteve um lucrou 73,6% a mais do que no ano passado. Nesse mesmo período o Bradesco demitiu 8.547 bancários em todo o país. Muitos dos bancários e bancárias que trabalharam para atingir todo esse lucro, hoje estão desempregados. Uma situação cruel com aqueles que são os verdadeiros responsáveis pelo desempenho financeiro do banco.
A falta de segurança é outro ponto denunciado pelo sindicato. Com a implantação das chamadas “Unidades de Negócios” que o Bradesco está abrindo para substituir as agências, os trabalhadores têm que lidar com grandes volumes de dinheiro, em locais sem vigilantes nem portas detctoras de metais, aumentando perigo para os bancários e clientes do banco.