O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Manoel de Moura Neto, disse, em coletiva de imprensa na tarde de quarta-feira (2) que abriu sindicância para apurar denúncias de superfaturamento em compras de material de combate a Covid-19, irregularidades que foram apuradas na Operação Caligo da Polícia Federal deflagrada na quarta-feira
Manoel de Moura Neto falou que a FMS está contribuindo com as investigações da operação Caligo.A Controladoria Geral da União (CGU) e a PF investigam indícios de superfaturamento de R$ 4,5 milhões na compra de produtos que seriam utilizados no combate à Covid-19.
Manoel de Moura falou que está tranquilo e que vai aguardar o desenrolar das investigações.
“Recebemos a visita da Polícia Federal. Eles foram muito bem recebidos e fomos muito bem tratados por eles. A gente confia plenamente no trabalho da Polícia Federal, que eles vão chegar a um termo. Repassamos tudo que ele nos requisitaram. Oferecemos ao pessoal da Polícia Federal todo o apoio e continuamos oferecendo. Se eles precisarem de algo mais, não precisa ir ao judiciário, podem vir pessoalmente, até informalmente. Estamos abertos a oferecer aos agentes da lei qualquer informação que eles precisarem”, declarou Moura.
Sobre os indícios de superfaturamento na compra de produtos, Manoel de Moura disse que para a analisar a situação é preciso levar o aumento do preço dos itens durante a pandemia da Covid-19, bem como as oscilações do dólar.
“Houve uma explosão dos preços de vários itens, como máscaras, álcool em gel. Em abril e maio os preços explodiram. Para falar em superfaturamento, tem que considerar o preço de mercado daquele dia em que o produto foi comprado”, falo u Manoel de Moura Neto.
Sobre a servidora Annelis Sobral, sócia de uma das empresas investigadas pela PF, o presidente da FMS informou que uma sindicância foi aberta para apurar irregularidades. A servidora faz parte dos quadros da FMS desde 2014, e exerce a função de odontológa.
Ela não vai ser afastada durante o período de apuração da sindicância, mas poderá ser afastada ao final do processo .
“Estamos abrindo uma sindicância para apurar. Qualquer servidor que entre na fundação, ou no serviço público municipal, é obrigado a declarar que não exerce função.
A Polícia Federal também apontou que há incompatibilidade entre a quantidade expressa na nota fiscal e o que realmente foi entregue.
“Estamos averiguando se houve uma entrega diferente daquilo que foi comprado. A priori, não temos esse detalhe. Como a operação foi um pouco demorada, ainda vamos fazer essa análise “, explicou o diretor financeiro da FMS, Franze Chaves.
O presidente da Fundação Municipal de Saúde disse que conversou rapidamente com o prefeito Firmino Filho sobre a ação realizada pela PF nesta quarta feira.
“Disse a ele que pode ficar tranquilo, que podem vasculhar a Fundação, mas não vão encontrar nenhuma irregularidade”, disse.