O Setembro Amarelo, campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, ganha contornos ainda mais urgentes diante de um fenômeno cada vez mais presente na vida de adolescentes e jovens: o uso excessivo de telas. De acordo com o médico psiquiatra da infância e adolescência, Luan Arnon de Melo Cunha, o comportamento, quando ultrapassa o limite saudável, pode desencadear sérios prejuízos para a saúde mental.
“O sinal mais claro de que o uso da tecnologia se tornou prejudicial é a perda de controle. Muitos tentam reduzir o tempo diante das telas, mas não conseguem. Quando começam a negligenciar estudos, hobbies, atividades físicas e até a socialização, é um alerta vermelho”, explica o especialista que é docente do Centro Universitário Uninovafapi | Afya.
Entre os problemas de saúde mental mais associados ao uso desmedido das telas estão ansiedade e depressão, muitas vezes agravadas pela comparação com “vidas perfeitas” exibidas nas redes sociais. O especialista destaca ainda o impacto no TDAH e nos distúrbios do sono, já que a luz azul emitida pelos aparelhos inibe a produção de melatonina, provocando insônia e desregulação do ciclo biológico.
O psiquiatra lembra que os jovens estão mais vulneráveis a pressões como o FOMO (Fear of Missing Out) – medo constante de perder algo – e ao cyberbullying, que, em sua avaliação, têm forte ligação com os índices crescentes de sofrimento psíquico.
Nesse cenário, pais, responsáveis e professores desempenham papel fundamental. “É preciso dar o exemplo, estabelecer regras e criar alternativas fora das telas, como esportes, leitura e momentos em família. Os jovens aprendem muito mais com o comportamento dos adultos do que com o discurso”, afirma o psiquiatra.
Entre as estratégias práticas recomendadas estão definir metas de tempo de uso, desativar notificações e estimular momentos de desconexão total, especialmente em ambientes que favoreçam o contato com a natureza.
O especialista reforça que buscar apoio profissional é essencial quando os efeitos começam a interferir no bem-estar e na rotina. “Quando o uso da tecnologia deixa de ser diversão e se torna problema, é hora de procurar ajuda. A intervenção precoce pode evitar o agravamento de transtornos de ansiedade, depressão ou até o isolamento social extremo”, alerta.
Sobre a Afya
A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina, e 25 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br.